Produtos sem impostos? 2018

Já pensou em comprar produtos sem impostos?

Empresário de vários estados irão se unir para vender produtos sem o valor do imposto embutido. Na campanha, quem arcará com os impostos, serão as lojas patrocinadoras dessa ação.

O propósito do DLI (Dia da Liberdade de Impostos) é mobilizar a população acerca da alta carga tributária que os brasileiros pagam.

Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo são os estados que participarão da ação.

O Dia da Liberdade de Impostos acontecerá em 24 de maio de 2018

Sobre a carga tributária brasileira

É notória a insatisfação da população brasileira com o índice elevado dos impostos.

No entanto, existem pontos que devem ser elucidados. O Brasil possuí diversos tipos de tributos como: IPVA, IR, IPTU além de muitos outros, sem contar as diversas taxas e contribuições.

De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é composta por países de alto IDH, os tributos no Brasil estão abaixo da média. Ou seja, pagamos um índice menor de tributos comparando com países desenvolvidos. Todavia, comparando com países da América Latina e Caribe, o Brasil possui um índice muito mais elevado. Lembrando que os índices das cargas tributária são calculadas sobre o PIB dos países.

O que ocorre no Brasil, são diversas variáveis que refletem na população uma sensação de imposto alto.

O primeiro ponto que vale elencar, é a forma desigual de como são cobrados impostos no Brasil. O modelo tributário brasileiro, de forma majoritária, recai sobre o consumo e não sobre a renda, ao contrário dos países desenvolvidos. Ou seja, esse formato faz com que pobres paguem mais impostos do que os ricos, visto que maior parte de sua renda são gastas com consumo.

A preponderância dos tributos em sua forma indireta, com consumo, coloca os mais pobres como maiores pagadores de impostos.

Segundo relatório da Oxfam, organização não governamental britânica, realizado em 2017, a parcela mais pobre da população paga 32% em tributos. Já o topo da pirâmide, composta pelos mais ricos, destina 21% de suas rendas com impostos. Vale lembrar que em caso de no caso dos impostos diretos, os ricos pagam mais.

Outro fator que prejudica e impacta na intuição de que pagamos muitos impostos, é a corrupção arraigada, que desvia recursos do estado para pequenas camadas como a classe política, empresários e funcionários públicos. Ou seja, recursos que iriam para população, acabam destinados para pequenos grupos.

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